/Arte_Final
/Texto_Base
“Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fossemos de ferro”.
~ Sigmund Freud
/Painel_de_referências
/Lista_de_palavras (funil de conceitos)
/Justificativa
Dentro do cerne compreendido, pode-se haver uma conexão com a natureza, pois o uso de carne e ferro remetem ao vivo frágil e o morto solido. A dicotomia explicita me fez refletir a necessidade que temos hoje de nos comportar com uma máscara social, uma persona que seja mais forte e que consiga suportar as pancadas diárias. Uma bela sobrevivência nessa selva de violência e ódio. O cacto nesta história entra como uma metáfora para a dualidade. Por fora demostra um vigor e certa periculosidade através dos seus espinhos e do seu formato alto e estável, mas quem entende de biologia sabe que por dentro ele revela uma preciosidade, água. Essa substância tão escassa ao seu redor se torna mais valiosa que qualquer outra coisa, ele, para não ser roubado, a guarda as sete chaves. Tanto Freud quando o cacto, nos revelam fatos altamente relevantes sobre as nossas vidas e até o funcionamento da sociedade atual.
Mas ainda acho que o cacto sai na frente com a sua flor. No meio de terra, areia, e uma imensidão de cores pasteis e mortas nasce acima dos cactos flores lindas. Como um sorriso em meio ao sofrimento e angústia. A flor, biologicamente, é responsável por semear o nascimento de novos cactos através da polimerização, tanto ativa, quanto passiva. O cacto com essa manobra espera que insetos e até o vento espalhem sua próxima geração. A flor tem que ser bonita o suficiente para que as abelhas, por exemplo, não se sintam intimidadas a recolher o pólen.
Em conclusão, usar de artifícios para nos manter vivos é natural, mas temos que tomar cuidado para não espantar (espinho) as pessoas (animais) o suficiente para que mesmo mostrando o nosso lado mais belo (flor) elas não voltem mais.